segunda-feira, 18 de julho de 2016

OUR FASHION TIPS #5

Camadas de tule

O dia em que todos os frufrus e renda e laços e folhos e camadas de tule são aceitáveis, quase mandatários. Não que eu goste de excessos (minto, gosto de alguns excessos não excessivos, se me entendem) mas neste dia tudo é permitido desde que quando ao se olharem no espelho soltem os ais e as lágrimas de quem cujas fundações foram abaladas como se tivessem levado com uma onda surfada pelo McNamara. Não que eu tivesse padecido de tal, mas confesso que não esquecerei a minha primeira prova. 

A minha mãe segredou-me “Leva o teu pai para te ver vestida agora. Já conheces o teu pai, sabes que ele não mostra muito as emoções, mas eu suspeito que ele não consegue aguentar tudo no mesmo dia...”. Lá satisfiz as ordens do general lá de casa vindas dos seus pequeninos 1,60m de altura (lá em casa a malta é toda esticada) e não é que tinha razão. Não me esquecerei da expressão do meu pai, não chorou, mas os olhos dele iluminaram-se de tal maneira que soube naquele momento que tinha escolhido o vestido e o marido certos. Em certa parte, este brilho também esboçava o contentamento de passar o testemunho ao Rui. “Coitado, nem sabe onde se está a meter...” deve ter pensado o senhor meu pai.

Tenho lido ultimamente muitos artigos sobre vestidos para convidados de casamento por isso achei por bem fazer um artigo sobre vestidos para quem interessa, as noivas. Confesso que mesmo após possuir uma aliança no meu anelar esquerdo há quase três anos ainda compro revistas de noivas e leio tudo o que é fofoquices dos casamentos das estrelas (não as que estão no céu, aquelas que estão nas constelações do Instagram e do Facebook na galáxia de Hollywood).

Quando andei nas pesquisas para o meu vestido elaborei uma lista de características que este teria de possuir: original, divertido e informal. O meu querido marido é perito em fazer pesquisas e comparações e lê tudo o que são reviews (não tenho paciência para tal, mas, surpresa, os opostos atraem-se) e não é que também andou a fazer pesquisas? E para culminar elaborou-me uma lista dos que gostava mais? E para culminar dos culminares (já estou para lá do topo do monte Evereste) não é que o vestido que me aqueceu a alma, que me encheu as medidas e que me deixou com uma cintura de vespa foi o preferido dele?
Foi o primeiro e único vestido que experimentei. Foi com esse vestido que entrei na igreja de braço dado com o meu querido pai e com o qual o queixo do meu marido ficou no chão (espero que sim, confesso que com tantas emoções acho que nem olhei para ele e só reparei nos pormenores de decoração para ter a certeza que tudo estava como nos meus planos).

Adoro os vestidos de noiva da Rosa Clará (sou suspeita já que comprei lá o meu). As minhas escolhas vão desde, no espectro dos sonhos, Elie Saab, Giambattista Valli, Valentino, Temperley London e Vera Wang (e não me posso esquecer daquele Vivienne Westwood da nossa Carrie do “Sexo e a Cidade”) até escolhas mais acessíveis, mas sem deixar de serem incríveis, como a Self-Portrait, Maje, Monsoon, Asos e até uma H&M, porque não? Cada vez mais os casamentos se despem de convenções (iupi!!) bem como os vestidos. Aproveitem estes tempos modernos, como dizia a minha avó, e divirtam-se na faixa menos convencional, façam escolhas arrojadas e originais. A quem se encontra no meio deste oceano de vestidos declaro a minha inveja. Maridão, podemos casar de novo?!
PS – Sonho meu que envergonhadamente confesso: ser uma das noivas do programa de TV “Say Yes to the Dress”!! Não que eu veja o programa em avalanche, episódio atrás de episódio agarrada ao balde de gelado de peanut butter do Marks & Spencer... Não, nada disso.

 Frufrus de sonho

Frufrus amigos do bolso


Objecto de desejo do mês
Love Bracelets da Cartier




Trendsetter do mês
Stella McCartney


Tatiana Pina Mendes

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