segunda-feira, 31 de outubro de 2016

OUR FASHION TIPS #8

Já me foram ao bolso…
Não é que agora os preços dos piercings aumentaram?!

Ainda me lembro de quão pequeno era o antigo Bad Bones. Aquele que não era ainda uma moda. Ainda me lembro das reações que um pequeno pedaço de metal provocou nas cabeças alheias. Ainda me lembro das palavras, algumas ofensivas, sim, e ainda me lembro de como me senti livre pela primeira vez. Não é que a nossa liberdade possa ser medida por este simples e insignificante acontecimento. Mas foi a primeira vez que expressei o meu verdadeiro eu. Um eu que não segue carneiradas e que luta por ser sempre a ovelha que vira à esquerda quando todas as outras viram à direita.

Ainda hoje sigo esse dogma. Segue-o o meu cabelo, o meu percurso profissional, a minha paixão pelo FC Porto, o meu amor por carros clássicos, o meu background académico. Enfim… Onde é que já se viu uma gaja madeirense apaixonada pelo FC Porto com um Fiat 850 Sport Coupe de 1970 (menina dos meus olhos) com um mestrado em engenharia eletrotécnica no Técnico cujos últimos penteados passaram por cabeça quase completamente rapada e um pixie loiro platinado.

Fiz o meu primeiro piercing na sobrancelha. Não tão avançado na escala da loucura como o piercing na língua, mas aí está um local que jamais faria. Jamais farai algo de minha livre e espontânea vontade que me imponha restrições alimentares (o combo sopas/sumos é só para quando estou doente ou com os canos entupidos).
A única reação que realmente contava para o Totobola era a dos meus pais. Imaginem lá esta ente a chegar à ilha vinda dum primeiro semestre na faculdade em Lisboa com duas cadeiras apenas no bolso, mas com uma pequena adição: um piercing. A minha mãe nem fez muito caso. Acho que o cérebro entrou em modo "vejo apenas aquilo que quero ver". O meu pai disse algo que jamais esquecerei "Porquê fizeste tal coisa? Isso dos piercings é para pessoas não muito bonitas que querem chamar a atenção". Obrigada pai, mesmo que tenhas uma opinião enviesada. Não, não é um pedido de ajuda disfarçado. Trata-se apenas de exprimir a maneira com a qual me quer apresentar ao mundo. Sim, sou um pouco rebelde, mas isso nunca fez mal a ninguém. É quem eu sou. Mas admito que o bichinho de ter feito algo “proibido” teve um peso q.b. na minha decisão. Denoto influência de uma década num colégio de freiras.

Acompanhando os blogues de moda e os editoriais de moda e os Instagrams da malta rica e famosa não é que os piercings agora estão na moda?! Adoro ver as orelhas forradas com piercings fora do normal. Adoro ver os narizes transformados em focinhos de touro (não estou a ser irónica, gosto mesmo do toque bovino da coisa). Adoro piercings nos mamilos (não teria coragem, mas acho sexy). Os piercings na língua é que já não me fascinam tanto nem os piercings no umbigo (quase que me esquecia que estes foram já alvo de uma moda maluca à la Britney Spears; se calhar enjoei de ver em tudo o que era umbigo).
Os piercings encaixam perfeitamente com as novidades das casas de moda. Devorei a nova coleção para o frio que aí vem de Nicolas Ghesquière pela Louis Vuitton onde os piercings assentam que nem uma luva no estilo rock/gótico.

However, é tudo muito bonito e os preços dos piercings simplesmente dispararam. Sim, estou em Londres, mas mesmo tendo em conta câmbios e inflações e euros é mesmo muito caro muito mais do que nos meus tempos de faculdade. De qualquer forma, aventurei-me (poupei uns trocos, quero eu dizer) a voltar a fazer mais um piercing na orelha (já perdi a conta a quantas vezes furei e “refurei” a orelha). Mas desta vez queria algo diferente, algo que por si só alimenta a minha orelha. Decidi fazer um rook (nas fotos abaixo a sua localização). E fi-lo também por adorar o tipo de joalharia que mais se enquadra neste spot. Decidi ir a um dos melhores locais de Londres, a Maria Tash. Vinda dos States, instalou-se nos armazéns da Liberty (no próximo mês irei partilhar os meus locais eleitos para fazer compras nesta época natalícia). Podem dar uma espreitadela ao novo inquilino da minha orelha nas fotos abaixo (não, não doeu nadica de nada!).

Como mulher descomplicada que sou, adoro de manhã não ter que me preocupar com “quais os brincos e colares que melhor se enquadram na minha indumentária”. Um simples piercing para mim faz toda a diferença quando a peça de joalharia é escolhida acertadamente. É isto a moda. São os detalhes que nos fazem diferenciar da multidão.

E agora perguntam vocês, porquê levar com uma agulha na orelha, sofrer dores horríveis (overrated minhas caras) e ter que dormir sempre do lado contrário da coisa (chato, é verdade)? Por que aquela sensação de voltarmos à adolescência faz-nos sentir um pouco mais vivas. Por que a memória de fazer o meu primeiro piercing naquela sala pequena do Bad Bones nunca se esvanecerá. Até mesmo quando as minhas orelhas estiverem tão dependuradas que já parecem lençóis no estendal a secar.



Objeto de desejo do mês
Caligraphy Tote Bag by Liberty London
(na imagem a mala customizada com a letra do meu nome)



Trendsetter do mês
Iris Apfel
(tomara eu chegar à idade desta senhora com esta genica e savoir faire)


Tatiana Pina Mendes

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

SPOTS TO GO #2

DA TABERNA, AS FLORES E OS SEUS ESPINHOS

Chegou à Taberna da Rua das Flores e o Tiago já estava à porta, conjuntamente com outros grupos e outros casais ocupando grande parte do passeio estreito. Todos aguardavam mesa,  alguns com um copo de vinho conversando animadamente, outros olhando para o relógio.

- Já temos o nome na lista. Agora é aguardar por mesa!
- Ainda bem que conseguiste chegar mais cedo. Como foi hoje na clínica?
- Finalmente um dia mais calmo, aproveitei para tratar da papelada.

Tiago deu-lhe um beijo rápido. Uma formalidade. Não soube a nada. Vagamente a papel.

Mariana espreitou para dentro da taberna. Um espaço pequeno para tanto sucesso, com cadeiras e bancos em madeira, mesas com tampo de mármore e um chão de mosaico. Nas paredes armários de vidro com vinhos, conservas e cervejas artesanais completam a decoração simples, como se quer numa verdadeira taberna. Sem excessos.

Situado na rua com o mesmo nome, em pleno Chiado, há muito que faz parte de quase todos os roteiros e guias nacionais e estrangeiros. Com uma ementa pequena e que pode variar todos os dias, é fiel aos produtos da estação  e tem como missão recuperar alguns sabores que já tínhamos esquecido e incorporar novos. Não aceita reservas por telefone, faz parte da filosofia da casa chegar, dar o nome, receber um cálculo aproximado da hora para regresso e esperar. E esperar. Sabendo as regras, Mariana gostava muito de lá ir. Por ela, valia sempre a espera!

Um rosto familiar numa das mesas chamou-lhe a atenção. Virou-se para o Tiago e justificou-se:
- Vou só lá dentro cumprimentar um amigo que já não vejo há imenso tempo. Dá-me um minuto.

Alguém disse o seu nome com um sorriso rasgado, abrindo os braços calorosos quando a viu aproximar-se. Ela não queria interromper. Era só para dizer um olá.  
- Luís! Por Lisboa? Como estás? Não sabia que já tinhas regressado. Como foi lá no Dubai?
- Eu já voltei há mais de um ano e estive no Qatar Mariana. Nunca mais te vi. De vez em quando estou com o teu irmão. Temos de combinar alguma coisa. O Tiago? Tudo bem convosco?
-Está bem, está ali fora. Aguardamos a nossa mesa. Sim, vamos falando, claro. Bom resto de jantar!

Luís deu-lhe um beijo no rosto em jeito de despedida. Morno e meigo. Soube a Verão.

Quando se virou ele agarrou-a pelo braço. Sentiu a sua mão firme por cima do casaco.
- Está tudo bem?! – Disparou olhando-a nos olhos.

Porquê aquela pergunta? Ajeitou o cabelo, talvez estivesse desalinhado (como quase sempre) e passou a mão pelo rosto. Acenou com força e seguiu. A mesa junto à porta já estava pronta e Tiago acenava impaciente.

Um grande quadro de ardósia com a ementa do dia escrita a giz é colocado bem à frente dos seus olhos e uma jovem entusiasta explicou com detalhe em que consistia cada prato. O difícil foi escolher! Optaram por se focar nas opções do mar e começar com um clássico da casa, o picadinho de carapau (7,50€). Peixe fresquíssimo marinado com gengibre, maçã verde, aipo, cebola roxa e limão. O preferido do Tiago.

De seguida viria um tataki de atum ligeiramente braseado, delicioso, com sementes de sésamo e um molho espesso com miso (14€). Para fechar pediram espetadas de vieira enroladas em bacon estaladiço com maionese de wasabi (14€) que nunca dececionam. Antes ainda veio o couvert (3,50€) com broa muito boa, pão saloio, azeitonas marinadas e uma tacinha com azeite.

Hoje Mariana revê os momentos vividos a dois vezes sem conta. Este jantar e muitos outros antes e depois deste. A rotina já se tinha instalado, reconhecia, mas o amor estava lá, certo? Onde se tinham perdido enquanto casal?
"7 anos para o lixo. 7 anos para o lixo." Não conseguia parar de repetir baixinho.
Queria tanto voltar atrás no tempo, analisar as palavras, as que foram ditas, mas sobretudo as que ficaram entaladas por dizer. E saber o que fez mal. Foi tudo culpa sua.

Tiago vagueava agora o olhar pelo telemóvel, o garfo na mão direita, distraído, picava devagar  o bolo de chocolate delicioso e de sabor intenso polvilhado com açúcar (3€). Mariana não quis sobremesa. No ecrã sucediam-se fotos, frases inspiradoras e as notícias de última hora do outro lado do mundo, que agora é o nosso quintal.

Ela procurou o dela à solta na mala e fez o mesmo.

Um empregado interrompeu o momento e fez  menção de que outro casal esperava a mesa. Ainda havia muitas refeições por servir naquela noite. Pagaram e seguiram para o parque de estacionamento. O dia seguinte era de trabalho.


Mariana Reis



Taberna da Rua das Flores
Portuguesa/Petiscos
Rua das Flores, 103 (Chiado) Lisboa
15€/pax. aproximadamente
Descanso semanal: Domingo
De segunda a sexta: 12:00 às 00:00
Sábados: 16:00 às 00:00
Não aceita reservas
Não aceita cartões


"Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso um grande coração para incluir os espinhos."

Clarice Lispector 





quinta-feira, 20 de outubro de 2016

UM BOCADINHO DO VERÃO

Claro que antes de virmos para Londres, passámos mais tempo com a família e, aproveitámos o sol do nosso país, sabendo que cá não seria o mesmo.

Fomos, como temos feito sempre, passar uma semana com os avós e mãe do D., perto da serra. A junção de várias paisagens e a hipótese dos meninos terem experiências de diferentes tipos é excelente! Temos serra, animais, piscina, muitas brincadeiras e - o mais importante - família!

Acho o máximo os meninos ainda terem bisavós! Do lado do D., porque (infelizmente) eu já não tenho avós. Vê-los pegarem na mão do bisavô, com mais de 80 anos, e leva-lo até aos cavalos para que lhes possa ensinar a sua arte. Andarem atrás da bisavó para aprenderem como se trata dos animais. É mesmo demais. Enche-me de alegria. E, quase que me distancio, fico a ver como se de um filme se tratasse, o amor que vai crescendo entre gerações, a amizade pura, os segredos que vão sendo transmitidos para que perdurem nas próximas gerações, as histórias que se contam que foram vividas na primeira pessoa, toda a ternura com que os meus filhotes são acolhidos, a infinita paciência mesmo quando já mais ninguém os consegue aturar - para os bisavós não há energia a mais, há saúde; não há meninos mal comportados, há vida; não há caretas disparatadas, há brincadeiras - que sensação de paz e tranquilidade, de que tudo está bem. Um grande, grande privilégio!

Os meninos puderam ter mais umas aulas de equitação com o bisavô, pela tardinha quando estava menos calor e aproveitar o sol de manhã e um bocadinho à tarde. Melhorar as braçadas, o Vasquinho já treinou sem as braçadeiras e o António já se aguentou sozinho com a ajuda da bóia. Exploraram a quinta, desde plantas a animais. Provaram frutos das árvores, tiraram ovos às galinhas, distribuíram comida pelos diferentes animais que por lá há, brincaram, andaram de bicicleta, jogaram à bola, conheceram novos amigos, correram, montaram e sei lá que mais! :) Com tudo isto, é fácil perceber porque é que eles, Vasco e António, têm tantas saudades dos bisavós. 

As novas tecnologias dão uma grande ajuda. E, apesar da idade, os bisavós falam todas as semanas connosco pelo Skype. Um tablet, wireless e algumas explicações, assim tão simples! O que não fazem para poderem estar mais perto de quem gostam?! Não podia estar mais feliz por termos conseguido ter tempo de qualidade lá antes de virmos e também por conseguirmos que esta ligação se mantenha com conversas regulares.

Já não falta assim tanto para regressarmos, mas os meninos adoram contar as novidades e ver as pessoas que gostam e temos conseguido minimizar a distância assim desta forma. O Vasquinho também fala de vez em quando com os amiguinhos - aqui, tenho de agradecer às mães queridas que se lembram de ligar e que emprestam o iphone aos filhos para que possam falar por facetime e pôr a conversa em dia!

Dia a dia, tudo vai ficando mais fácil, mais natural :)

Ana










terça-feira, 18 de outubro de 2016

OUR RECIPES - Queijo Camembert no forno

Adoro tudo no processo de experimentar receitas novas... desde abrir os vários livros que tenho em casa e procurar as receitas que mais me chamam a atenção e que mais se adequam à família até "pôr as mãos na massa". O tempo é que tem sido muito pouco por isso desde que regressámos de férias ainda não houve novidades.

Mas aproveitei o aniversário do Manel para fazer uma entrada muito simples com que me tinha cruzado numa das minhas mais recentes incursões no livro Dia a Dia da Mafalda Pinto Leite. O livro anterior da Mafalda, Dias com Mafalda (Portuguese Edition) , é o livro do qual já experimentei mais receitas por isso, quero pôr em prática algumas, que já selecionei do livro mais recente (lá em casa porque já há outro publicado).

Como o tempo era, como quase sempre, muito curto para preparar o jantar para 12 pessoas, optei por algo mesmo muito simples, Queijo Camembert no forno. Preparação de 2 minutos e mais 15 de forno com um resultado delicioso :) Os meus críticos mais exigentes aprovaram!

Receita:

Um queijo Camembert
Azeite
Tomilho

Tirar o plástico que envolve o queijo e todas as etiquetas da caixa. Colocar novamente o queijo na caixa (como a caixa do que comprei tinha a base de cartão, coloquei o queijo numa mini tarteira). Cortar a tampa do queijo com uma faca, temperar com azeite e folhas de tomilho.
Levar a forno pré-aquecido a 180º durante 15 minutos. Servir com tostas e pão fresco.

Espero que gostem e que seja uma ajuda para os dias em que temos pouco tempo mas queremos preparar um jantar mais elaborado :)

Mónica



segunda-feira, 17 de outubro de 2016

OUR NUTRITION GUIDE #9

Pensar BIO

Sempre acreditei bastante na qualidade dos produtos biológicos, pelas razões nutricionais evidentes, mas também porque na realidade o sabor é diferente... não aceito que me digam que os produtos biológicos tem o mesmo sabor que os que compramos sem os serem... a suculência e o sabor no seu total é incomparável.

Na realidade, cada vez mais a comunidade científica se debruça sobre as vantagens destes alimentos. Eu acho que o uso de pesticidas e agrotóxicos pode ser uma grande vantagem para que as colheitas cresçam viçosas e resistentes a diversas pragas, mas.... existe sempre um mas... e para mim, é mais que evidente que o recurso a pesticidas a longo termo poderá trazer consequências devastadoras para a nossa saúde e para o meio ambiente.

Um dos riscos ao utilizar pesticidas é a mutação de genes, e este é o principal fator desencadeador do tão temido cancro!

O consumo recorrente de pesticidas e antibióticos na plantação de alimentos e posterior consumo humano traduz-se numa debilidade para o sistema imunitário. As doenças crónicas crescem exponencialmente, as alergias e intolerâncias são cada vez mais frequentes. As razões são de várias ordens, mas acredito que o que comemos se encontram na base.

Sempre fui frequentadora de mercados e supermercados biológicos. Quando a Baby C. nasceu decidi que no que me fosse possível iria tentar dar-lhe alimentos de origem biológica desde a introdução alimentar até à sua diversificação.

Acredito que esta minha escolha lhe trouxe vantagens pois raramente faltou à escola ou esteve doente. Coincidência ou não!

Claro que estes alimentos são mais caros e fazer este tipo de alimentação não é fácil em 100% do tempo. Mas sempre que posso... pego na minha cesta e rumo a um mercado biológico.

Viver em Lisboa é sem dúvida uma vantagem para quem gosta deste tipo de alimentos. Cada vez mais existem mercados de rua e supermercados com todos os alimentos que vão desde carne, peixe, fruta, legumes, laticinios, enlatados, cereais e até alimentos para bebés.

Este fim-de-semana, cá em casa comemorou-se o dia mundial da alimentação (não fosse eu nutricionista!) e por isso a alimentação BIO esteve mais presente. 

Fomos até ao mercado do Príncipe Real onde a frescura dos legumes é aliciante, as cores são vibrantes e o sabor é sem dúvida genuíno!

Pensem nisto... :)


Nutricionista M. Carolina Santo







terça-feira, 4 de outubro de 2016

LONGE DE CASA

2016 é um ano em que tudo para mim é diferente. Antes da nossa vinda para Londres, vivi cada almoço, cada aniversário, cada despedida, com muita intensidade. Agora que já cá estamos começou uma nova fase - almoços, aniversários, tudo por nossa conta, sem as nossas pessoas.

Pouco depois de termos chegado cá, fomos passear por Inglaterra, um pouco mais para norte de Londres. Ficamos em Cotswold e a zona é simplesmente linda, mas isso fica para outra vez ;) 

Chegámos ao hotel dia 25 de Agosto e, no dia seguinte, eu fazia anos. Primeiro aniversário longe de casa. Eu não sou propriamente uma pessoa de mudanças e tudo isto mexeu comigo. No entanto, no próprio dia o sentimento foi muito diferente. O D. fez algumas surpresas ao longo do dia, sendo uma delas um passeio com os meninos num parque selvagem. Estive tão bem "ocupada" todo o dia, em família, com tempo, sem olhar para o relógio, com o sol que parecia ter sido encomendado e com as habituais chamadas de família e amigos a desejar um dia feliz! Correu mesmo muito bem e, para mim, foi como um sinal de boas vindas, um sinal de que tudo vai correr bem. Já passou mais de um mês e o balanço é muito positivo.

Esta visita também foi um óptimo presente para os meninos. Os olhinhos deles não chegavam para tanta coisa ao mesmo tempo! Animais grandes, animais pequenos, macacos às cores, animais que nunca tinham visto e o comboio! O António é fã de todos os meios de transporte e assim que fui o comboio ficou numa excitação! O Vasquinho disse: " Mom look train!". Ainda só diz palavras meio soltas, mas sem nós lhe pedirmos (até porque queremos muito que ele fale e escreva português correcto), começa a falar em inglês, acho que por contágio - ouve todos a falarem assim :)

Adorei o dia e, este aniversário em especial, tenho a certeza que nunca vou esquecer.

Ana







Cotswold Wildlife

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

OUR FASHION TIPS #7

Folhos

Os frutos do meu último texto bateram-me como os 3-1 do jogo do Sporting com o Rio Ave (a ser irónica; sou portista de coração e só quero que o Espirito Santo vá para casa de patins). A nossa sociedade encontra-se cheia de cabeças, ditas, cultas cujos propósitos passam por apenas opinar sobre as vidas alheias de forma cruel, sem substância e de forma leviana. A minha filosofia de vida passa por dois importantes lemas que definem os limiares das minhas ações: risco do planeta pessoas que agem de forma com a qual jamais agiria com elas e faço aquilo com o qual me sinto bem e os outros que se lixem (este último veio aos poucos com o avançar da idade). Porém, no meio disto tudo, encontrei alento e propósito nas minhas palavras. Acredito piamente no poder de empowerment que as mulheres podem provocar umas nas outras. E não vou desistir do broadcast das minhas palavras (se calhar seria melhor em multicast? Piada de engenheiro! Can’t help it!). Quero tentar diminuir a quantidade de palavras maldosas, afiadas como punhais, desnecessárias, ocas e parvas. Já chega de mal no mundo.

Dando seguimento à palavra empowerment, quero este mês partilhar o que acho que são as melhores tendências para este Outono/Inverno, após folhear páginas e páginas das minhas revistas preferidas (pendo sempre para a Vogue e para a Marie Claire). Quero que todas as mulheres se sintam bem, confortáveis nos seus pneus e estrias e pernas sem celulite. Sim, porque as ditas mulheres reais vêm em todas as formas e feitios. Haja saúde e o resto bola para a frente.

Estou mesmo entusiasmada com a roupa da nova estação. Sou da Madeira, adoro o Verão, mas não há nada como a construção dos vários layers da roupa mais quentinha (coisa tão estranha como chegar à ilha e não beber logo uma poncha de penalti). Adoro o regresso dos casacos de ganga (quem nunca os teve na adolescência!), adoro os padrões florais, adoro a customização das peças, adoro os folhos (ADORO os folhos, chamem-me de pirosa!) e adoro o uso do amarelo torrado (forma versátil de fugir aos meus queridos pretos) e o estilo sporty chic. Porém continuo a preterir os bombers (abuso dos bikers como abuso dos salt caramel fudges, do The Great British Bake Off e do Escale aux Marquises da Dior) e não consigo gostar de veludos (digam o que disseram e embelezem como quiserem, não gosto).

As casas com as quais mais me identifico são os suspeitos do costume: Louis Vuitton, Gucci, Chloé, Moschino e Stella McCartney com uma novidade: Victoria Beckham. Sim, a mulher do David Beckham como muitos a chamam. Para mim, a estilista e outrora cantora (às vezes...) das Spice Girls. O que me leva a umas belas memórias de adolescência. Sempre preferi a Posh Spice (talvez por ser morena já que estes presuntos madeirenses em nada se comparam com as pernocas da Victoria). Ainda me lembro das intermináveis tardes na sala em casa dos meus pais com as minhas amigas a (tentar) imitar as Spice Girls. Não erámos la grande coisa como devem calcular...

Seguem alguns exemplos de como o sitio do costume, a Zara, toca as tendências da passerelle. Com um pouco de equilíbrio orçamental conseguimos assim aproximarmo-nos de Nova Iorque, Londres, Paris e Milão.

Have fun, as always, and express yourself (obrigada Madonna).





Objeto de desejo do mês
Botas Louis Vuitton (again...)



Trendsetter do mês
Victoria Beckham


Tatiana Pina Mendes
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